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quarta-feira, 14 de setembro de 2011




A Secretaria de Estado de Educação (SED) promoverá amanhã (15), o “Dia Estadual de Combate ao Bullying Escolar”. A atividade será realizada simultaneamente nas 356 escolas estaduais de Mato Grosso do Sul e contará com atividades e jogos educativos adaptados para o tema como apresentações de teatro, concurso de paródias e palestras. O evento será aberto às famílias e, para envolver ainda mais a comunidade, os estudantes farão uma panfletagem às 8 horas e às 16 horas. A secretária de Estado de Educação, Maria Nilene Badeca da Costa, acompanhará a ação na Escola Estadual Joaquim Murtinho, centro de Campo Grande.

O “Dia Estadual de Combate ao Bullying Escolar” é mais uma ação da SED para lidar com o fenômeno. Dentre outras iniciativas que já permeiam a rotina das escolas e em cumprimento à Lei nº 3887, de 6 de maio de 2010, instituiu nas unidades da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul a formação do “Comitê de Conscientização, Prevenção e Combate o Bullying Escolar". O objetivo do comitê é mobilizar a comunidade para ações de sensibilização e conscientização pautadas nas mudanças de postura e de atitudes, alcançando, desta forma, o combate ao bullying.

Os cartazes e os folhetos distribuídos nas escolas para ilustrar a campanha foram produzidos durante um concurso realizado entre 30 estudantes do curso técnico de Comunicação Visual do Centro de Educação Profissional Ezequiel Ferreira Lime (Cepef) e escolhidos por uma comissão julgadora da SED. Durante o processo de criação, os alunos assistiram diversos vídeos sobre o tema, pesquisaram na internet e trocaram experiências.

Para a secretária Maria Nilene “é preciso que a escola tenha um olhar atento. Os professores e o restante da equipe devem observar sinais de violência, procurando os agressores e atendendo as vítimas, mas o principal é tomar iniciativas de prevenção, como a supervisão na hora do recreio, a promoção de palestras e debates sobre o tema e a inclusão na rotina escolar do respeito mútuo e da afetividade, tendo como foco as relações humanas”.

Bullying

De acordo com o dicionário Aulete de língua portuguesa, o termo bullying “compreende toda forma de agressão, intencional e repetida, sem motivo aparente, em que se faz uso do poder ou força para intimidar ou perseguir alguém, que pode ficar traumatizado, com baixa autoestima ou problemas de relacionamento”. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. É entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

O bullying sempre existiu, mas foi no final da década de 1970 que Dan Olweus, um professor da Universidade da Noruega, passou a estudar as tendências suicidas entre adolescentes e percebeu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, o bullying era um mal a se combater. Hoje, o fenômeno está mais popular, está mais visível com a influência dos meios eletrônicos, com a internet e com a televisão.

De acordo com Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para ser dada como bullying, a agressão física ou moral precisa apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa. “Quando o alvo supera o motivo da agressão, ele reage ou ignora, desmotivando a ação do autor”, explica a especialista.


Fique atento aos sinais:

- Falta de vontade de ir à escola;
- Sentir-se mal perto da hora de sair de casa;
- Pedir constantemente para trocar de escola;
- Pedir para não ser levado à escola;
- Apresentar baixo rendimento escolar;
- Voltar da escola com roupas ou livros rasgados;
- Abandono dos estudos;



 A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) sugere as seguintes atitudes para um ambiente saudável na escola:

- Conversar com os alunos e escutar atentamente reclamações ou sugestões;
- Estimular os estudantes a informar os casos;
- Reconhecer e valorizar as atitudes da garotada no combate ao problema;
- Criar com os estudantes regras de disciplina para a classe em coerência com o regimento escolar;
- Estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos;
- Interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do bullying.

(Com informações da Revista Nova Escola)

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